Um episódio angustiante ocorrido em Correia Pinto, na região Serrana, gerou comoção e perplexidade entre a comunidade neste sábado (19). Durante o velório de uma bebê de oito meses, que havia sido oficialmente declarada morta, familiares relataram sinais de movimento na criança, o que desencadeou uma série de ações de emergência.

A situação inesperada trouxe dúvidas sobre o procedimento médico e funerário, mobilizando autoridades e gerando grande repercussão na cidade. O caso começou quando a equipe da funerária recebeu a bebê após a emissão do atestado de óbito pelo hospital, realizando o transporte e os preparativos para o velório, com a presença da família.

Segundo a funerária, a limpeza e vestimenta da criança foram feitas conforme os protocolos usuais. Devido à idade da bebê, o procedimento de tanatopraxia não foi considerado necessário.

O velório prosseguiu normalmente até que, por volta das 18h30, os familiares notaram movimentos nas mãos da criança, o que levantou suspeitas e trouxe grande preocupação. Diante da situação, a funerária orientou que a família buscasse assistência médica imediata, resultando no chamado do Corpo de Bombeiros Militar e de um farmacêutico que estava nas proximidades.

Usando um oxímetro infantil, o farmacêutico identificou uma saturação de 83% de oxigênio e batimentos cardíacos de 66 bpm. Esse diagnóstico levou os bombeiros a realizarem uma série de verificações, constatando a ausência de rigidez nos membros inferiores e batimentos fracos, mas sem atividade elétrica cardíaca detectável nos exames.

A bebê foi então levada ao Hospital Faustino Riscaroli, onde passou por novos testes, incluindo um eletrocardiograma. Os exames confirmaram que, apesar da presença de algum nível de saturação de oxigênio, não havia atividade elétrica no coração, reafirmando o óbito.

A situação deixou a família em um estado de profunda aflição, enquanto aguardam os laudos do Instituto Geral de Perícias (IGP) para elucidar os detalhes do caso. O ocorrido evidencia a complexidade dos processos relacionados a diagnósticos de óbito e a importância de um atendimento ágil em situações de incerteza.

A funerária destacou que todos os procedimentos legais foram seguidos e manifestou solidariedade à família, colocando-se à disposição para eventuais esclarecimentos.

Casos como esse levantam questões sobre a precisão dos diagnósticos médicos e a necessidade de protocolos claros para evitar situações de incerteza que geram angústia e dor para os familiares.



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