Descanse em Paz: Mãe mat@ filh4 de 10 meses e deixa corpo dentro de um f… Ver mais

A violência doméstica é uma das formas mais dolorosas e devastadoras de tragédia, especialmente quando envolve pais e filhos. Recentemente, um caso perturbador abalou a cidade de Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco, expondo uma realidade cruel e incompreensível. Uma mãe foi presa sob a acusação de assassinar sua filha de apenas 10 meses de idade, um crime que chocou a comunidade local e ganhou repercussão nacional.

Simary Rayane da Silva, de 27 anos, foi detida pela Polícia Civil após confessar o homicídio de sua filha, Sofia. O crime, que ocorreu no bairro de Candeias, veio à tona de forma macabra: o corpo da bebê foi mantido escondido em um freezer por 30 dias. A frieza e a complexidade do caso despertaram indignação e comoção, levantando questionamentos sobre os motivos que poderiam levar uma mãe a cometer tal ato contra sua própria filha.

Segundo informações divulgadas pela Polícia Civil, o caso foi registrado como homicídio consumado. Após a confissão, Simary foi levada à delegacia e permanece à disposição da Justiça após audiência de custódia. As investigações prosseguem para esclarecer os detalhes e as circunstâncias que levaram ao crime. A brutalidade do ato é acompanhada por uma série de indícios que apontam para fatores emocionais e psicológicos que podem ter contribuído para a tragédia.

A descoberta do homicídio foi iniciada após a avó da criança relatar o crime às autoridades. Segundo informações obtidas pelo Batalhão da Polícia Militar, a própria Simary confessou o assassinato à família, levando a avó a denunciar o caso. Relatos indicam que, durante o mês em que o corpo da bebê permaneceu no freezer, a mãe alternava entre períodos de choro e tentativas de descongelar o corpo, em um possível gesto de arrependimento. Esses comportamentos foram cruciais para levantar suspeitas que culminaram na denúncia.

Há indícios de que o crime tenha sido cometido com o uso de “chumbinho”, um veneno frequentemente utilizado para matar ratos. Apesar de sua comercialização estar proibida desde 2012, o produto ainda é encontrado de forma clandestina. Contudo, a confirmação oficial depende dos resultados da perícia, que está analisando as evidências recolhidas no local do crime. O uso de substâncias tóxicas em crimes domésticos é um fator recorrente em cenários de desespero e planejamento extremo.

Simary residia na Comunidade Dom Helder, em Candeias, onde vivia com a bebê Sofia e um filho de sete anos. Relatos de vizinhos e familiares indicam que ela havia manifestado sinais de instabilidade emocional e pedido apoio antes do ocorrido. Há suspeitas de que ela também planejava tirar a própria vida e a de seus filhos, o que aponta para uma possível situação de depressão ou outra condição mental grave, que, infelizmente, não foi tratada a tempo.

Após a administração do veneno e a constatação da morte da bebê, Simary escondeu o corpo no freezer, onde permaneceu por um mês. Durante esse período, a mãe mentiu sobre o paradeiro da criança, afirmando que Sofia estava sob os cuidados da bisavó. Foi apenas devido à insistência de vizinhos preocupados que a verdade veio à tona. A rede de mentiras e omissões que encobriu o crime evidenciou a gravidade da situação e o isolamento em que a mãe se encontrava.

Este caso trágico é um alerta sobre a importância de uma rede de apoio efetiva para mães em situação de vulnerabilidade emocional e financeira. Ele também ressalta a necessidade de intervenções sociais e psicológicas precoces, capazes de identificar e prevenir ações extremas que colocam vidas em risco. Em meio ao luto e à perplexidade, a sociedade é chamada a refletir sobre como evitar que tragédias como essa se repitam, fortalecendo a empatia, a atenção às fragilidades humanas e o suporte comunitário.


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