A despedida de Cid Moreira, que faleceu nesta quinta-feira (3) aos 97 anos, terá uma segunda cerimônia de despedida, aberta ao público, no Palácio Guanabara, na Zona Sul do Rio de Janeiro.
O corpo do apresentador, um dos maiores ícones do jornalismo brasileiro, foi velado inicialmente na noite de ontem no Parque Municipal Prefeito Paulo Rattes, em Itaipava, na Região Serrana do Rio.
Em meio à emoção dos presentes, o caixão chegou escoltado pela Polícia Militar às 17h50 e a cerimônia terminou por volta de 19h20, marcando o início de uma série de homenagens a esse grande nome da TV brasileira.
Cerimônia no Palácio Guanabara e homenagens emocionantes
Nesta sexta-feira (4), o Palácio Guanabara abrirá suas portas para o público que deseja se despedir de Cid Moreira. A cerimônia no salão nobre será dividida: das 8h30 às 10h para os familiares, e das 10h às 13h para todos que queiram prestar suas últimas homenagens.
Em seguida, o corpo de Cid será levado para sua cidade natal, Taubaté, no interior de São Paulo, onde ele será enterrado conforme seu desejo de ficar próximo de entes queridos que partiram, como a primeira esposa e uma filha.
A viúva, Fátima Sampaio, revelou que já está em contato com os familiares em Taubaté para organizar todos os detalhes do sepultamento.
A importância de Cid para a cidade onde vivia também foi destacada pelo prefeito de Petrópolis, que declarou luto oficial de três dias.
Em nota, ele afirmou: “Cid Moreira tinha um carinho por Petrópolis, em especial por Itaipava, lugar que ele escolheu para morar nos últimos anos”, reforçando o vínculo entre o jornalista e a cidade que ele tanto amou.
Jornalistas lembram o legado e a voz que marcou gerações
A despedida de Cid Moreira também foi marcada por homenagens emocionantes de colegas da TV Globo. William Bonner e Renata Vasconcellos, apresentadores do Jornal Nacional, lembraram com carinho do colega.
Bonner destacou a voz inesquecível do veterano, que imortalizou frases como “Mister M” e “Jabulani”, que se tornaram parte do imaginário popular. Renata, por sua vez, ressaltou a habilidade única de Cid em conciliar diferenças, algo essencial no jornalismo.
Em 2010, a expressão “Jabulani”, que significa “celebrar” em zulu, não apenas marcou o Mundial da África do Sul, mas caiu na boca do povo brasileiro graças à inconfundível voz de Cid Moreira nas transmissões da TV Globo e nas vinhetas do “Fantástico”.
Seu carisma e sua entrega transformaram simples palavras em fenômenos nacionais, deixando um legado que vai além do jornalismo e se enraizou na cultura do país.
A segunda cerimônia de despedida no Palácio Guanabara será uma oportunidade única para o público prestar sua homenagem a um dos maiores ícones da televisão brasileira, cuja voz e presença marcaram incontáveis gerações.
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