O ator e diretor Ney Latorraca, ícone da dramaturgia brasileira, faleceu nesta quinta-feira (26) no Rio de Janeiro, aos 80 anos. A morte ocorreu devido a uma sepse pulmonar, após o artista estar internado desde o dia 20 de dezembro na Clínica São Vicente, na Gávea, em decorrência de complicações de um câncer de próstata.
Ney foi diagnosticado com a doença em 2019, passando por cirurgia para retirada da próstata. Contudo, o câncer retornou em agosto de 2023, já em estágio avançado com metástases.
Nascido em Santos, São Paulo, em 25 de julho de 1944, Ney Latorraca foi filho de artistas: o pai, Alfredo, era crooner, e a mãe, Tomaza, atuava como corista. Desde jovem, mostrou inclinação para as artes, formando um grupo musical com amigos na escola e estreando no teatro em 1964 com a peça escolar “Pluft, o fantasminha”. Essa produção ganhou destaque e impulsionou sua trajetória na dramaturgia.
Pouco depois, ele integrou o elenco de “Reportagem de um tempo mau”, dirigida por Plínio Marcos, uma peça censurada pela ditadura militar, levando Ney a uma fase difícil.
Sua carreira televisiva começou na TV Tupi em 1969, em “Super plá”, e no cinema, no mesmo ano, com “Audácia, a fúria dos trópicos”. Anos mais tarde, consolidou-se como ator na TV Globo, estreando em 1975 na novela “Escalada”.
Ao longo das décadas, destacou-se em papéis marcantes, como Quequé em “Rabo de Saia”, o vampiro Vlad em “Vamp” e Barbosa em “TV Pirata”. Sua atuação inovadora e versátil conquistou fãs e críticas positivas.
Ney Latorraca deixa um legado único para a cultura brasileira, evidenciando sua paixão e dedicação à arte. Sua trajetória é uma inspiração para novos artistas, e sua obra permanece como um marco na história da dramaturgia nacional